A TV Globo, tradicionalmente um dos maiores veículos de comunicação do país, tem sido acusada de apresentar uma cobertura seletiva e tendenciosa dos acontecimentos, principalmente durante o governo Lula. A crítica é clara: a emissora noticia apenas o que lhe convém. Esse comportamento se torna ainda mais evidente quando analisamos a forma como a Globo trata os problemas econômicos do governo atual, minimizando os impactos negativos e dando ênfase a temas favoráveis à administração federal.

Em 2023, o governo Lula aumentou em 60% os repasses de verbas publicitárias para a Globo, elevando os valores destinados à emissora de R$ 89 milhões no ano anterior para R$ 142 milhões. Enquanto isso, outras emissoras, como Record e SBT, viram suas fatias diminuírem drasticamente, recebendo apenas R$ 13 milhões e R$ 16 milhões, respectivamente​

Esse aumento não foi casual. Há uma clara relação de proximidade entre o governo e a emissora, que acaba influenciando diretamente a cobertura jornalística. Ao escolher priorizar a Globo, o governo direciona a narrativa pública para um canal que, ao longo dos anos, tem se mostrado alinhado com interesses específicos. Temas como os desafios fiscais, a inflação e as promessas não cumpridas pelo governo são tratados de maneira superficial ou recebem uma abordagem mais branda na programação da emissora. Ao mesmo tempo, pautas que favorecem a imagem do presidente Lula ganham grande destaque.

Essa postura da Globo gera desconfiança em relação à sua imparcialidade. Ao focar nos temas que favorecem o governo e omitir ou suavizar as críticas, a emissora acaba se distanciando de sua função primordial de informar a população de maneira clara e objetiva. Enquanto outras mídias enfrentam cortes em publicidade e visibilidade, a Globo continua sendo favorecida pela máquina pública, consolidando-se como um dos principais canais de influência sobre a opinião pública.

Além disso, a escolha do governo em priorizar a televisão em detrimento de outros meios de comunicação também é questionável. Em 2023, a publicidade governamental na internet sofreu uma queda de 17,5% para 14,2%, demonstrando que o foco do governo continua sendo nos meios tradicionais, onde a Globo reina soberana​

A questão que fica é: até que ponto essa relação é saudável para a democracia? Quando um veículo de comunicação tão poderoso recebe tratamento preferencial e evita abordar temas críticos ao governo, o público perde a chance de acessar informações realmente relevantes e imparciais. Ao que parece, a Globo segue noticiando apenas o que lhe convém, enquanto a população fica refém de uma cobertura enviesada, que serve mais aos interesses de quem detém o poder do que ao dever de informar a verdade.

Fonte: Poder 360

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